Sinopse: Após a morte do rei T'Chaka (John Kani), o príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T'Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Letitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong'o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.
Ryan Coogler apresenta uma aventura sólida, com momentos divertidos mas acima de tudo, Pantera Negra é um filme sobre trilhar novos caminhos. T’Challa pagará um preço alto pelos erros dos monarcas passados e dele próprio, de manter uma política isolacionista e não se envolver com os assuntos externos, se recusando a compartilhar seus maiores bens com o mundo. Wakanda é de tirar o fôlego, fazendo jus à versão dos quadrinhos de uma sociedade mais alienígena do que humana de tão avançada, mas ainda atada às tradições africanas que lhe dão uma forte identidade.
Os personagens são excelentes, as cenas de ação são muito boas e o vilão rivaliza com o Abutre, não sendo bidimensional e com uma série de nuances que o fazem entendê-lo e até simpatizar com ele. No fim Pantera Negra é o melhor filme do MCU, uma história sobre corrigir erros do passado e seguir rumo a um futuro grandioso. Quer dizer, pelo menos até Thanos bater na porta da Terra em Os Vingadores: Guerra Infinita.
A História dos Quadrinhos
O Pantera Negra foi criado pela poderosa dupla Stan Lee e Jack Kirby, a mesma dupla responsável por vários outros clássicos da Marvel. Inicialmente, Kirby apelidou o personagem de Tigre de Carvão e desenhou um traje bem diferente do que conhecemos atualmente. Mas Lee sempre foi um artista interessando nas tendências culturais da época e decidiu mudar o nome do herói para Pantera Negra, anunciando oficialmente sua chegada em 1966. O Partido dos Panteras Negras só entrou em cena mais tarde naquele ano, mas alguns especulam que a mudança de nomes foi inspirado no logotipo usado pela organização que precedeu os Panteras. Seja qual for a verdade, o Pantera Negra nasceu.
Outra história, nomeada Jungle Action, colocou o Pantera Negra contra a Klu Klux Klan. Obviamente, foi um tópico surpreendente e intenso para um quadrinho publicado em 1976, mas novamente, o herói empurrou os limites da indústria. E foi histórias como esta, e aceitação do Pantera no universo dos quadrinhos tradicionais, que abriu portas para outros personagens negros chegarem no universo, como Falcão, Luke Cage e Blade.
Pantera Negra é um bom exemplo de que o gênero dos super-heróis no cinema ainda tem muito potencial e não precisa se limitar a fórmulas e conceitos gastos ou até ultrapassados.
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