O filme de Quentin Tarantino conta
a história do escravo Django (Jamie Foxx), que é comprado pelo caçador de
recompensas Dr. King Schultz (Christoph Waltz) por conhecer os irmãos Brittle procurados
pela justiça. Django é alforriado, e se une a Schultz no trabalho como caçador
de recompensas, pois busca encontrar sua amada que foi comprada pelo mercador
de escravos Calvin Candie (Leonardo Di Caprio).
O filme também apresenta algumas
características da sociedade do sul dos Estados Unidos frente a escravidão,
como por exemplo o choque da população ao ver um negro montado em um cavalo e
usando bons trajes. Assim como a segregação espacial que ocorria entre os
escravizados, pois havia aqueles destinados às tarefas domésticas, outros
destinados ao trabalho no campo, e até mesmo as lutas envolvendo escravos e
apostas. Também há o personagem Stephen (Samuel L. Jackson), que retrata o escravo
"domado", aquele que é devoto ao seu dono. Jackson negros capachos
dos brancos e os negros traficantes de escravos. Django tem que fazer o papel
do segundo e Stephen é o primeiro.
As teorias raciais do século XIX
também estão presentes no longa, como por exemplo no trecho em que o mercador
de escravos Calvin Candie utiliza um crânio para apontar supostas diferenças
cerebrais entre as raças. Segundo ele, a frenologia teria comprovado que a
estrutura do crânio africano está ligada a submissão, enquanto do branco à
criatividade, e devido a isso os negros eram submissos perante a escravidão.
Dessa forma, Tarantino buscou
reescrever esse momento histórico, de forma a conceder a Django o papel de
vingador, imerso no contesto do faroeste.